26 outubro 2010

E eu dizia ainda é cedo...


Para abrir meus posts nesse blog, vou começar pela banda que faz parte da minha vida desde criança, que embalou e embala os momentos mais importantes que vivi e que exprime, não só para mim,  mas milhares de fãs, tudo aquilo que gostaríamos de dizer, mas não conseguimos.
A Legião Urbana foi - e continua sendo até hoje - uma das maiores bandas de rock do cenário nacional. Com o jeito irreverente e sem papas na língua do vocalista, poeta, músico e pode-se até dizer, guru de uma geração, Renato Russo arrebatou uma multidão de jovens sedentos por rock e por transformação. Uma transformação que vinha de dentro pra fora, da música pras pessoas, da voz belíssima do Renato aos nossos ouvidos. Mas no  mês de outubro de 1996, o falecimento de Renato aos 36 anos, deixava milhares de fãs órfãos do seu talento e da sua música. 
A Legião Urbana vendeu, ao que se estima, mais de 20 milhões de cópias enquanto Renato ainda vivia. Mas depois de sua morte, as vendagens continuam em alta. Mais de cinco CDs - incluindo o DVD Acústico MTV Legião Urbana -  foram gravados com o restante do material inédito que Renato possuía em seu acervo, shows que havia feito, coletâneas e parcerias. O mais recente é o CD Renato Russo Duetos, com gravações de Renato com alguns nomes da música como, Adriana Calcanhoto em Esquadros (que sempre me arrepio ao ouvir - ver vídeo) e Só Louco com Dorival Caymmi
Muitas pessoas como críticos e até fãs, acham de péssimo gosto tanta "exploração" em cima da imagem e da música do Renato após a sua morte. Eu, como fã, fico feliz de ver que ainda existem possibilidades de ouvir a voz dele, seja em trabalhos solos ou parcerias com gravações que ficaram perdidas pelo tempo.
A verdade é que Renato Russo e Legião Urbana ficarão pra sempre marcados na vida e na memória da multidão de fãs e "filhos", que Quase Sem Querer, ele adotou.

"Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério e selvagem!"

(Tempo Perdido)